quinta-feira, 20 de maio de 2010

MOTOCICLISMO E LIBERDADE

A premissa básica do motociclismo é a liberdade proporcionada por inúmeras coisas,as quais, o direito de ir e vir com ou sem destino. Entretanto, hoje há uma descaracterização deste princípio pois as regras impostas diretamente e indiretamente pelo Estado limita as nossas ações. A cada dia surgem novos M.Cs. e M.Gs, muitos dos quais sem o menor propósito e história, somente porque acham um grande "barato" colocar um escudo nas costas e sair por aí a procura de churrascos 0800 e em busca de troféus sem o menor conhecimento de causa sendo profundo desconhecedores da liberdade que é a essência do verdadeiro e clássico motociclismo.
A organização interna dos motoclubes é essencial, entretanto muitos equívocos levam aos M.Cs.a se prenderem ao Estado transformando-se em empresas, pois ao momento em que os mesmos são registrados perante a Receita Federal, passam a serem pessoas juridicas controlada pelo governo. Aí eu pergunto! Onde se encontra a liberdade de ação dos motoclubes?
Não raras vêzes observei que em pleno encontro de motociclistas, políticos locais subiram no palco e discursaram, em outras palavras, não abstiveram em dizer "esta festa fora por mim patrocinada".

Nós motociclista não devemos abrir mão da nossa liberdade pois se ficar-mos nas mãos do Estado, perderemos por completo a essencia do principal objetivo de viajarmos sobre duas rodas.

por: Natan (Presidente do Panteras Negras Motorclub)

BLACK PANTHER PARTY

Após os assassinatos de Malcolm X e Martin Luther King Jr., os negros norte-americanos precisavam de um novo referencial, uma nova força política capaz de assegurar tudo o que havia sido conquistado em termos de cidadania, dar um basta nas convulsões raciais causadas pela violência policial e promover programas sociais dentro das comunidades negras, negligenciadas pelo Estado.

Eis então que emerge em Oakland "O Partido dos Panteras Negras", cujo ideário marxista visava preencher o fosso social após séculos de escravidão além do impedimento ao voto, a educação e ao ingresso a repartições públicas, que até a década de 60 do século XX (é preciso frisar) eram segregadas. Todas essas formas de repressão impediam o negro de obter sua emancipação social e econômica, depois dos direitos civis os Panteras queriam garantir a população negra uma participação efetiva na sociedade americana, pelo fim da opressão oriunda do Estado e do capitalismo.

Na Prática os Panteras empregaram algumas ações sociais como o café da manhã gratuito e diário, que beneficiou milhares de crianças carentes. Tal foi o impacto desse programa que o governo se viu obrigado a implementá-lo em escolas públicas, mas o FBI por sua vez dizia que o programa de refeições grátis era um factóide comunista e que o real objetivo do Partido era dar um golpe de Estado, ou seja, a derrubada de Richard Nixon da presidência.

A paranóia de J.Edgard Hoover, diretor do FBI na época, resultou em ataques violentos direcionados aos escritórios dos Panteras, além de prisões e assassinatos de integrantes do Partido, ora cometidos pela polícia ora por assassinos pagos pelo FBI. Os programas sociais também se tornaram alvo de ataques nos pontos de distribuição e igrejas, onde os alimentos para o fornecimento eram destruídos. Apesar destas tentativas de eliminação, e todas as ações de contra-espionagem, os Panteras prosseguiram com seu compromisso social que além das refeições realizava também a distribuição de remédios, fabricação e doação de calçados, assistência jurídica, transporte coletivo e gratuito para a terceira idade, entre outros.